segunda-feira, 29 de março de 2010

Retratos da vida real

É incrível a capacidade que os roteiristas e produtores de cinema têm de se superar a cada filme. Depois de um final de semana mergulhada em filmes - desde uns meio antigos até uma estreia recente no cinema - é identificável a maneira que eles têm de trazer à tona a vida real. Seja por meio de um desenho ou personagens 'reais', os filmes mostram acontecimentos atuais ou previsões futuras. Para situar, assisti 'Wall-E' - um desenho que fala sobre a enorme poluição existente na Terra a ponto das pessoas se mudarem para outra galáxia. Já o filme 'Cadê os Morgan?' trata de um casal recém separado que é obrigado a ficar junto por uma semana e redescobre o amor existente entre eles. 'O amor não tira férias' - outro filme do final de semana - fala das dores de amor, da vontade imensa de sumir para esquecer os problemas, e da redescoberta de nós mesmos. Por falar em dores de amor, a peça 'Dores de Amores' que está em cartaz no Teatro Imprensa foi mais um dos programas culturais do final de semana. Nela são retratados os problemas de um casal recém-casado por meio de uma sátira e inversão dos 'papéis' sociais do homem e da mulher. Tanto os filmes quanto a peça de teatro nos levam a um encantamento e identificação. Não sei ao certo o que leva as pessoas - não os críticos de cinema - a gostarem ou não de filmes, mas costumo gostar de histórias bem amarradas, emotivas e que normalmente me levam a uma identificação ou reflexão. Por falar em reflexão, o filme 'Um sonho Possível' é ótimo para isso - ainda mais sendo um filme baseado em fatos reais. O exemplo de vida dado pela personagem da atriz Sandra Bullock é algo a ser pensado e colocado em prática. Pessoas como ela são raras e deveríamos refletir o que fazemos de bom para o próximo e para o nosso planeta; o que fazemos da nossa vida. Acho que é para isso que os filmes devem servir - não apenas para nos distrair, mas também para criar uma reflexão; fazer-nos pensar.

terça-feira, 16 de março de 2010

Buscando um lugar ao sol

Para quem não sabe sou jornalista e já entrevistei inúmeras pessoas, no entanto acredito que nenhuma entrevista tenha sido tão gratificante quanto à de hoje. Conversei com duas cervejeiras para fazer uma matéria sobre o crescimento das mulheres em um mercado que até pouco tempo era essencialmente masculino - o universo das cervejas. Confesso que foi uma das entrevistas mais produtivas e interessantes que já realizei e consigo inclusive visualizar a matéria. A ideia era falar sobre as dificuldades para ingressar neste mercado e como elas lidavam com a situação de gerenciar milhões de homens, mas acabei aprendendo e percebendo outros aspectos dessa profissão. Embora as mulheres estejam se inserindo no mercado de trabalho, elas ainda enfrentam inúmeros problemas. Existem estatísticas que dizem que as mulheres estudam durante maior tempo que os homens, no entanto ainda ganham bem menos que eles quando ocupam o mesmo cargo. Existem ainda, estatísticas que dizem que muitas mulheres quando atingem um cargo muito alto, acabam abrindo mão do lado pessoal - ser esposa e mãe. Eu nunca concordei com isto, sempre fui adepta do lado pessoal e profissional juntos. Acho que as mulheres precisam realmente se dedicar à profissão, precisam se inserir no mercado de trabalho e ser independente financeiramente, mas nunca concordei com o desistir de investir em um relacionamento, muito menos desistir da maternidade. Foi bom perceber que existem outras pessoas que pensam da mesma maneira; pessoas que inclusive lutam por isso. No entanto, foi triste imaginar que talvez muitas mulheres desistam da maternidade por não terem condições de trabalho que as auxiliem nessa empreitada, como por exemplo, uma simples creche na empresa. Isso facilitaria muito o compartilhamento da realização profissional e materna de uma mulher. É, as mulheres começaram de mancinho se libertando dos homens, entraram no mercado de trabalho, vem se tornando maioria neste mesmo mercado, estudam mais para serem reconhecidas, no entanto ainda tem salários menores e ausência de condições de trabalho. Infelizmente ainda há muito para conquistar. Há muito para lutar.

quarta-feira, 3 de março de 2010

A primeira vez...

Há muito tempo venho querendo criar um blog. Nunca soube ao certo o porquê e nem para quê, mas sempre tive esse desejo remoto. Ontem, em um impulso repentino, crie-o. Passei horas arrumando as cores, pensando no título e subtítulo, no endereço e na descrição de quem sou. Depois comecei a pensar no que escreveria para iniciar o meu tão sonhado blog. Pensei, pensei, pensei, e não encontrei nada que valesse o primeiro post. Não sei, alguma coisa me chamou muito a atenção ontem ao ponto de reavivar meu sonho e me fazer colocá-lo em prática, mas passei tanto tempo me preocupando com as cores e demais detalhes estéticos que depois não consegui lembrar o que era. Hoje me debrucei sobre páginas de notícias, twitter, entre outras fontes de informação e novamente não consegui encontrar um assunto que fosse digno do primeiro post. Nada que me encantasse ou me angustiasse - como diz o subtítulo do blog. E mais uma vez desisti de escrever. De repente, em um impulso súbito, me veio a ideia de dedicar as primeiras palavras deste blog à esta explicação (desabafo, talvez). Não é exatamente um conto, mas algo que me incomodou por algumas boas horas: "O que escrever no primeiro post do meu tão sonhado blog?" E finalmente posso dizer que aqui está o primeiro, de muitos contos que virão.